Dicotomia
Cética,
imputo minha sina machucada nas noites insones,
por versos que comungo em minhas composições solitárias.
Essa dicotomia nos versos,
são prantos que derramo às escondidas.
Recrio em minha lira
os versos da inconsistência do meu mundo real
que insurge de uma canção de alma há muito aprisionada.
Que, compulsando as horas,
procura reconstituir suas asas alquebradas.
E, dessa rima mal feita,
surge e ressurge a sina machucada...
Uma comunhão de versos aos tropeços,
que se prolonga junto ao destino que desconheço.
E, nesse rememorar do passado e sua ‘rustidez’,
procuro transcorrer com arte meu grito de dor,
em silêncio!
22/10/02 - 22:30h Brasil