AUSENCIA
(Socrates Di Lima)
Tenho cá meus desassossego,
quando a saudade me pega,
pois, de tantos apegos,
pego-me na ausência cega.
Sabido é que em dados momentos,
Bate aquela solidão,
Ciente que tais sentimentos,
Não passam de tentação.
Mas, cá nos meus devaneios,
entre a realidade e ficção.,
Fico nos meus anseios,
sem perder este tesão.
E quando chega o entardecer,
Tendo a brisa na minha tez...
Chego até a me perder,
Por querer-te, enfim, outra vez.
Entretanto, náo sei de seu paradeiro,
Apenas vejo seus belos olhos numa foto,
Escondida, apareces vez outra em ato sorrateiro,
com teus Olhos de vagalume maroto.
O que fazer então com estes desassossego!
Se outro fato melhor não tenho,
Continua, assim, o silencioso apego,
Que por saudade em mim, a mantenho.