Entre alamedas

Segue compulsivo o encanto
Do som que exala a nascente
Numa flauta mágica que fantasia
 
Na noite algumas alamedas
A essência do dia se debruça
Na delícia que resplandece o eco
 
Pela voz das coisas não ditas
Na sombra dos dias sem pressa
Que se tornam poemas diversos
 
E em tantos restos a pedra pulsa
Refletir é suavisar a angústia
A boca grita e o tempo espera fatos
 
A chuva molha o viés da natureza
O cansaço é pequeno e perpassa o sonho
Da tarde que medita na voz apressada
 
Existe uma faceta nos olhos suados
O universo em sua alma morrerá
Sem a luz do sol e o crepúsculo azul
 
A hora segue no ressoar do recanto
No entardecer as nuvens viram prantos
E caminham como barcos perdidos
 
Nas estrelas que brilham nas adegas
Caindo sobre o fundo lento do poço
A vida vai onde o caos final ainda resta




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Gernaide Cezar
Enviado por Gernaide Cezar em 22/11/2017
Reeditado em 23/11/2017
Código do texto: T6179267
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