Meu verbo
Palpites não escrevem a minha história
Ficam opinando, querendo regrar
Saiba que não ando pelo trajeto dos abatidos
Caminho com meus próprios pés, sou perigo
Longe de todos, faço o meu jogo
Tentam me derrubar, só tentam
Marginalizam o meu poetizar
Denominam com seus fatídicos julgamentos
Pré-letrados, vocês não me encaram
Vocês caem em suas ciladas
Que não passam de meras barricadas
Barricadas de inveja, a emulação
Pobres coitados, decaem em suas próprias ilusões
Olhe, não fixe o olhar...
Pare, não deixe de andar...
Seja você mesmo
Fite apenas o seu espelho
Não queira o meu revérbero
Pois ele é único!
Vai, corrompa a sua limitação
Antes de vir com essa sua palpitação...
Vagueio por onde quero
Não serei escravo de um anêmico do verbo.