Novembro de novo
Quando penso
em como tudo aconteceu,
me perco.
Não me lembro
de como as coisas
cresceram sem que eu soubesse.
Parece que acordei
numa manhã
como a de hoje,
e tudo já estava lá.
Sorrisos, conversas,
cigarros, poemas...
A beleza e a vividez,
a paz e a naturalidade
disso tudo pronto
só me faz crer que,
quando eu acordar
em outra manhã
como a de hoje,
tudo isso será
passado.
E em mais um novembro,
como todos os outros,
eu não sei
o que fazer.