Novembro de novo

Quando penso

em como tudo aconteceu,

me perco.

Não me lembro

de como as coisas

cresceram sem que eu soubesse.

Parece que acordei

numa manhã

como a de hoje,

e tudo já estava lá.

Sorrisos, conversas,

cigarros, poemas...

A beleza e a vividez,

a paz e a naturalidade

disso tudo pronto

só me faz crer que,

quando eu acordar

em outra manhã

como a de hoje,

tudo isso será

passado.

E em mais um novembro,

como todos os outros,

eu não sei

o que fazer.

Márcio Filho
Enviado por Márcio Filho em 20/11/2017
Reeditado em 20/11/2017
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