Condenação.
Por mil anos minha alma vagueia.
Entre sonhos e pesadelos.
Bebendo do cálice das maldições.
Prisioneira no limbo dos mistérios.
Caminhando a sombra do Vale da morte.
Por entre neblinas.
Uma trilha de pedras e espinhos.
Iluminada pela lua de sangue.
Carregando o fardo da condenação.
Levando consigo o livro do enigma da morte.
Andando a beira do abismo.
Por entre fendas que guardam segredos.
Dos primórdios dos tempos.
De feitiços rezas magias e encantamentos.
Ouvindo vozes gritos murmúrios e sussurros.
Correntes sendo arrastadas e badaladas de sino.
Mas nada vejo apenas ouço.
Por muito tempo venho sofrendo calado.
Ouvindo os cânticos dos anjos caídos.
De hinos esquecidos no tempo.
De juras quebradas.
E falsas promessas.
Aqui nesse lugar.
Meu coração lamenta.
A dor desse tormento.
Nessa eterna condenação.
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Valentim Eccel