Pelo viés do meu íntimo!
Meu endereço não é mais o mesmo...
Não é minha esta inquietação que me invade,
tampouco me pertence a alma cravejada de sabres.
O meu chão permutou de galáxia,
sobrevivo de gases liquefeitos e modificados
divago sobre histórias de vidas insepultas.
Sou caminho palmilhado por errantes peregrinos.
Ora sou avelã, ora sou grisalho, marfim outras vezes,
sou poesia em busca de um verso que se desprendeu.
Auroras em vão bafejam minha face esquálida,
arrepio-me ante o rastejar dos ponteiros do Cronos,
a vida rasteja qual uma lagartixa a quentar sol...
Adormeço em vielas onde o frio enregela
e coagula meu sangue em artérias vicinais
suprimindo o fôlego, calando a voz, emudecendo-a.
Sou alicerce de um edifício em desalinho e sem pilares...
Sou folha arremessada pelo poeta árido de ideias,
sou um ser que ama à sua maneira: exótica!