Indivíduo
 
Cada um que viva e morra na sua própria novela,
E que sonhe à sombra futura das suas sementes,
Cada um vente seu sopro, afogue em suas marés,
E que seja, nos húmus, restos do feto que cresceu.
 
Cada um que sinta e minta a sua própria história,
E que refaça seus ritos nas fogueiras inquisitórias,
Cada um leve à boca o garfo e sangre seu palato,
E que seja, nos dias, a luz do seu anoitecimento.
 
Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 19/11/2017
Código do texto: T6176217
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