ANJA
A perfeição do corpo adornada pelas cascatas de cabelos loiros
que desabam pelo rosto enigmático de anja ocupa o lugar
mais alto em um pedestal erguido entre as criaturas de existência
errante, pois dragões deslizam bufando chamas ao lado de
centaurinas que exibem os sexos na direção dos oceanos,
e não ignoram o Amor constituido para sua Celebração e Delícia.
Capricórnios alados e coelhos falantes governam países imaginários
cujas leis são libretos de óperas.
Soberba, você desloca o perfil
da lógica,
as canções imortais nascem das grutas habitadas
por lobas de olhos fumegantes que amamentam querubins
e bebês gigantes.
O sabor do seu olhar e a maciez presumível e promitente
dos lábios seus sacodem as areias dos desertos lunares,
embora a voz grave estátuas em brasa nas praças vazias.
Apaixonado por você, o viajante.
Dele, o desejo amplia o universo,
gerando estrelas da fecundidade na solidão.
A lembrança da sua passagem pelos jardins encantados
que abriga o sonho flamejante do sol, acontece normalmente
basta o amor encher a alma.
Sem magia
a ilusão é mero engano.
Permaneço pintando seu retrato, pois o plano
é não importa o sacrifício arrebatar o amor,
das rosas a única cuja oferta de delícia
sendo lenda ressalta as cores do real