Ode ao Poeta ( Homenagem a Castro Alves)
Aos pés do poeta
Solenes, silenciamos
Velando a Pátria Amada
Que vencida na guerra
Retorna rota, fétida e suja
A bandeira que agora jaz, rechaçada
O poeta perpetuado
Com austero marmóreo espanto
Estende sua mão em pranto
Conclamando em agonia
“Oh, triste Bahia”
Levantai do leito onde estais, abatida
Oh pátria que, outrora, aguerrida
Fora espada afiada no ímpeto inimigo
Não te entregas a turba que zomba
Da sua maltratada aparência
Antes mostrai honrosa resistência
Para vencer aqueles que te ferem com risos
Marchai orgulhosa em todo sua galhardia
Pois tu, minha amada Bahia
Ainda preserva em ti sublime realeza
Como um seio de donzela que palpita
Assim brilha ao sol a sua Augusta beleza