Não são tantas



De onde vem os sonhos, não precisa responder, basta aceitá-los
colocando um pouco de verdade, sem deixar a ilusão morrer.


Sem conflito,
Tente libertar a primeira, esta que insiste em ficar,
que sente uma tristeza
de dar dó, sente saudade,
Não se joga no mundo, sente medo,
vontade de chorar,
Chora se sentindo só.


A segunda é tão leve, tão feliz,
Sai destemida, driblando os seus desertos,
De tudo ela faz, até fantasia, para sentir de algum jeito
o seu amor por perto. Atropela a espera, afronta o tempo,
Corre louca, acha que para o amor, todas as horas são poucas
e não desacredita na sua magia nem no seu encantamento.


A terceira, essa que por tudo brinca, sorri, ouve os pássaros,
O canto de cada um deles, sabe distinguir,

quando chega um, nas tardes, cantando estranho,
de um jeito diferente,
logo só de ouvido,
ela sabe se é de alegria ou de dor, pois sente o que ela sente.

São três, mas, nenhuma se perde da outra,

entre si, se orientam, equilibram-se, se entendem.

Com muito amor abraçam o caminho que lhes resta seguir,
pois neste labirinto, existe um destino certo.
Vão para o endereço onde mora o amor.
Ah se conseguirão chegar!
Chegando, abrirão todas as janelas
, num só gesto irão cantar,
dançar! Se uma, vai continuar à chorar,
Nunca uma da outra poderá se separar,
porque prevalecerá somente esta alma única,
Que novas histórias, a cada novo dia, continuará à contar.

 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 14/11/2017
Código do texto: T6171863
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