Assim existia


 
Não guardava anseios, mas palavras, em demasia.
Não se perdia pensando,
Agarrando-se ao tempo, escrevia.
Tinha por dentro, estoque de sentimento,
O amor invadia o seu coração...
Era um querer a paz, trazendo a luz
que retirava da sua alma a escuridão.
Enquanto muitos não tinha onde morar.
Totalmente só! Morava em qualquer lugar,
Nos ramos cheios de frutos maduros,
Nos lagos, nas folhas, nos prados... Nos telhados e nos muros.
Vez por outra, precisava com urgência partir,
Depois calmamente voltava com o vento,
Sem passado, presente ou futuro.


Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 14/11/2017
Código do texto: T6171611
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