VÉU DA MINHA ALMA (…)

Minhas vestes negra,

Sobre véu desse luto da alma,

Chorar da razão,

Do medo, sem exclamação (…)

Será que existe um amanhã,

Inconformado é tempo,

Sinto que deixaste de existir,

Lembro da tua face ao vento,

Como pudeste fugir (…)

O colorir dos sentimentos,

Mas a névoa deixa-me confusa,

Paralisada, exausta,

Totalmente obtusa…

Quisera eu (…)

Vê-lo, mesmo sem tê-lo,

Ler-lhe em pensamento,

Senti-lo em qualquer momento,

Mas isso são apenas ilusões,

Descargas e febres neurais.

Sim, são tantas frustrações

Ladeadas de saudades,

Parece até loucura,

Aquela voz sussurrante ao fundo,

Contando mil verdades,

Aquele olhar dominante e faminto,

Sobre a seda da minha pele,

Que despia-me sem tocar,

O eriçar, sem beijar (…),

Mas são apenas focos,

Do véu que veste essa alma,

Pois o tempo consumiu quem tu eras

De tal maneira,

Que deixou-me apenas de luto (…)

(M&M)

Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko
Enviado por Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko em 13/11/2017
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