DOS SEUS LÁBIOS

Lápidados e retocados por cinzel divino

Modelados por contornos suaves e gentis

Delicado cofrezinho de lindas e harmoniosas pérolas

Ou seria um colar de aljôfares?

Quando semi-cerrados,

vejo onde brinca

Uma ciranda pueril, efusiva

de alados flóquinhos de neve

é somente desses lábios

onde borbotam magos e esplêndidos sorrisos

de onde escuto em sonhos dourados,

a maviosa melodia do amor

de onde dardejam, magias e encantos

onde arde expansivo, um arrebatador:

magnetismo cor-de-rosa

ao vê-los,

a esposa do flamingo, abriu as asas com desdém

a rosa vermelha ao reexaminar a maciez

e a matiz de suas pétalas

desfolhou-se, atirando espinhos

num acesso de ira!

A pobre cerejinha, tadinha!

Empalidecendo-se de inveja,

Babujou-se na nata do bolo

E revestiu-se de um rubor ainda mais carmesim

Por não ter o tom, ora rosicler, ora escarlate

Dos seus lábios

Mas melindrou-se ainda mais

Por não ter a mesma doçura dos seus beijos

Dos seus lábios, cálidos

Sinto n’alma o aflar de uma doce vertigem

Onde a brandura de uma sensação,

Derrama-se nela em dueto,

Com uma agradável leveza

De composição

Fazendo-me mais um!!! Subjugado prisioneiro,

De seu vasto Império,

De fascínio, graciosidade e sedução

E assim compreendo ainda mais

A maneira sublime, singular

De como Deus fez o coração para amar

E a boca,

a formosura de sua boca, com esses lábios

Ah! Esses lábios:

Róseo e generoso favo de mel,

a pulverizar " impérios "

Parecem feitos somente,

Somente para beijar.

davicartes@gmail.com

poesiasegirassois.blogspot.com

Davi Cartes Alves
Enviado por Davi Cartes Alves em 21/08/2007
Reeditado em 03/02/2008
Código do texto: T617031
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.