Noites


Aquela rede estendida no fundo do quintal,
Sabe,
Você bebendo os rastros de nuvens dum céu sem luar
Olhando a estrela mais linda, à piscar,
Parecendo uma noite no interior,
Enquanto o seu interior, não mais está.
Dentro de mim tem uma máquina
que não marca o tempo. Sou a noite
de noites
Sem nuvens, sem estrelas, pois nada restou.
Existe  só um quintal  vazio, de vento frio.
Onde todas as noites, cedo,
Traz um sono incômodo, que nunca mais sonhou,
Peregrino de mim mesmo, sou.
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Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 13/11/2017
Código do texto: T6170205
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