QUASE NADA...
 
Do jeito que estamos vivendo,
Parece que vivemos fazendo um inventário,
Daqueles que passaram na vida da gente...
E daqueles que mantemos em mudo segredo!
Do tempo, não esquecemos o passado,
No tempo, azedando o presente,
Vamos perdendo o futuro entre os dedos...
- Dedos de tua mão quase sempre pronta para um embate,
E os meus que sempre diante da face,
Tentam esconder lágrimas e receios!
Se em meu corpo houveram marcas,
Da presença de desejos,
Estas quase não trago mais comigo...
Quando muito são memórias esmaecidas de sentimentos,
A muito perdidos!
Quanto a nós, suspeito que estamos cada vez mais sós,
Que quase nada temos...
Se para ti, eu significo só inseguranças e medos
Para mim, tu és uma mágoa, que marca e amarga
Cada um dos meus sonhos de amor,
Hoje quase todos desfeitos!
 
 
Edvaldo Rosa
www.sacpaixao.net
30/10/2017