CRENÇA   
 
A felicidade é  como o vento,
que passa por mim distraído,
está aqui num momento,
logo depois... há sumido.
Tantas noites de tristeza,
tantas noites, insone, vago,
vivo errante na incerteza,
meus pecados eu mesma pago.

Porém creio no futuro
que, envolvido em véu escuro,
está lá à minha espera,
(acredito meus senhores),
com uma braçada de flores,
e as cores da Primavera.