Lágrimas de Novembro
Hoje ela disse que tinha medo,
Do outro que havia lhe deixado,
E das palavras seu desespero
De um coração que foi machucado.
Não há cavalheiro neste vil mundo
Onde o que manda é doce pecado,
Nem gentileza, e para o rei tudo
E sem amor tudo está acabado.
Não afogues dentro de ti menina,
Lágrimas, lágrimas do noivado
Um juramento com quem mantinha
Toda confiança nele quebrado.
Agora sim, chegou a tempestade
Vindo soprar a dor neste lado,
Quem te perdeu uma vez tão bem sabe
Que leva a dor de um condenado.
Nesta memória que nos padece,
Em cada verso será marcado:
Tudo tem fim no que envelhece,
Menos a perda de seu passado.