A SETA DO POETA
A SETA DO POETA
O poeta com sua seta, ploc, ploc...
pegou o lápis, caneta, papel pautado
Escreveu... Ano, ônibus estação...
Meridiano, primavera... Tchau verão.
Escrevinhou, como rabanada de peixe
sobre as águas... Ou como boiadeiro
tangendo as vacas no sertão.
O poeta, procurava gosto em seu
encosto, e já no quadro, enquadrando
o tema... Não se fez de arrogado...
Atracou um poema, atiçou uma poesia
... E com imaginação do seu imaginar,
viu que sua seta, não atingia o tema,
então o poeta, amassou as paginas do
papel pautado, atirou para o ar...
Todas as flechas do seu poema.
Antonio Montes