A mão firme do outono
sem compaixão
espalha pelo chão
sobras de clorofila.
 
A gélida mão do inverno
Pede licença ao sol
Para cobrir a nua paisagem.
Com branco e fino lençol.
 
E a gentil primavera,
bem devagarinho,
veste campos e ruas
com flores:
roxas,
brancas,
rosas,
amarelas...
com direito a passarinhos.
 
Chega o verão.
É luz, cor,
explosão de alegria!
O sol acende as manhãs
e aquece os longos dias.

(Do livro Poemas para fim de tarde)