FÊNIX
Sei bem dos amores...
Deles colhi muitas flores...
Com eles fui muito feliz.
Sei também das dores...
Da solidão... dos amargores...
Meus amores foram arrancados de mim
E eu sofri um sofrimento que pensei
Jamais tivesse fim...
Mas, enfim, a vida segue, o rio corre...
Está vivo, quem não morre...
E eu estou aqui, qual fênix,
Das minhas cinzas renascida,
Mostrando a cara atrevida
Pro que me resta da vida...
E não vou dar-lhe o gostinho
De vivê-la recolhida,
Tristonha e desenxabida.
Quero seguir meu caminho
Com alegria incontida,
Porque somente sorrindo presta
Viver a vida que me resta.