SOB O LUAR
Nesta rua deserta ecoam meus passos]
Sob a luz do luar, na penumbra da vida
Lentamente caminho sem querer chegar...
Ah! A beleza é de infinitesimal medida
Assim, cabe em todo lugar!
Nesta rua deserta de sons, não de cores
São múltiplos os odores do dia que foi:
- cheiro de bebidas vendidas em bares
- de frituras, de lanches...
Imundos papéis que um vento,sem pressa,
arrasta moleque, zombando da arte, criando painéis!
Tem restos; lixos ambulantes, de ambulantes vidas;
Tem vitrines sem luxo
Pipocas no chão...
Pedaços de calçadas, lavados, pelo homem que vende sabão!
Tudo boia no prateado que a Lua derrama sem pejo ou temor
De repente, uma sombra no vidro polido...
Tentei alcançá-la!
Na rua vadia andei mais além
A imagem desgarrada esvaeceu
Não vi ninguém!
Zelia da Costa
Nesta rua deserta ecoam meus passos]
Sob a luz do luar, na penumbra da vida
Lentamente caminho sem querer chegar...
Ah! A beleza é de infinitesimal medida
Assim, cabe em todo lugar!
Nesta rua deserta de sons, não de cores
São múltiplos os odores do dia que foi:
- cheiro de bebidas vendidas em bares
- de frituras, de lanches...
Imundos papéis que um vento,sem pressa,
arrasta moleque, zombando da arte, criando painéis!
Tem restos; lixos ambulantes, de ambulantes vidas;
Tem vitrines sem luxo
Pipocas no chão...
Pedaços de calçadas, lavados, pelo homem que vende sabão!
Tudo boia no prateado que a Lua derrama sem pejo ou temor
De repente, uma sombra no vidro polido...
Tentei alcançá-la!
Na rua vadia andei mais além
A imagem desgarrada esvaeceu
Não vi ninguém!
Zelia da Costa