Pensamentos contínuos de uma vida monocrômica

Fico pensando em tudo que perdi.

Acho até que só as vezes eu vivi.

Parece que fico preso no passado

e o presente torna-se algo abstrato.

Penso logo existo,

mas se existo, também vivo?

Pensar por pensar não vai resolver

as nuvens que pesam meu céu

e fazem ele chover.

Carros, prédios, cotidiano.

Velocidade, espaço, tempo.

Andei na cidade me perdi,

procurei caminhos me encontrei.

Cidade abstrata, coração de concreto.

Gaiolas mentais prendendo a vida.

O futuro é um abismo onírico.

O tempo voa,

a gente gaiola

e a vida passarinho.

Edgar de Azevedo
Enviado por Edgar de Azevedo em 03/11/2017
Código do texto: T6160804
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