SABIÁ LARANJEIRA

Se assim fosse destruir todo sentir

Seria fácil construir barcos de papel

Quando a saudade destrói por dentro

Seria comovente tingir de branco

As rosas do vento... Os sorrisos da manhã,

Os versos da história.

Seriam tão oblíquos aqueles olhos azuis

Como versos olhando para mim

Guiando-me os passos

Enquanto o canto da sabiá laranjeira,

Ainda alegram-me os dias.

Seria tão simples

Se DEUS não nos separasse para todo sempre,

Deixando eu aqui sentido saudade

E você me olhando do infinito

Rodeados de certezas e anjos

Com luz de missão comprida.

Seria tão simples

Eu te ver no infinito

E pedir a DEUS perdão não por remorsos

Mas por ti, por mim, por esta dolorosa separação.

Ao poucos o tempo mostra que tudo tem seu tempo

E na perda DEUS ensina aceitar,

Já a saudade a cada ano aumenta mais

E as lágrimas vagam em nosso olhar.

Joinville, 17.03.09 – 02.11.17

00h07s

Marcia Pereiras
Enviado por Marcia Pereiras em 02/11/2017
Código do texto: T6160714
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