PARADOXO DE UM MEMORIAL
No dia 14 do mês de Nisã
No calendário judaico,
Numa tardinha de abril
Em 33 era comum
Um homem sem roupas quase nu,
Nos devolveu a salvação,
Morreu ao léu entre ladrões,
Mas cumpriu de vez sua missão.
Poucos choraram sua morte,
Não houve velas e nem incensos,
Apenas nos palácios o consenso
De que um mistério deixava de existir.
Mais nos corações de muitos,
Na hora em que os céus bradou,
Todos envolvidos sentiram a dor,
Por condenarem o filho de DEUS.
Ah míseros fariseus
Que hoje choram a minha morte,
A morte de um pecador
Que incita à fome e toca terror,
Mas pra mim me deram feriado
Enquanto eu morto sou bem lembrado,
JESUS CRISTO foi abandonado.
Bando de víboras!
Que choram no meu túmulo,
Nem sabem dos meus pecados,
E nem também dos meus pensamentos,
Mais dizem que estou com DEUS,
Vivendo belos momentos.
Do meu túmulo sorrio debochando
Achando aquilo muito gostoso,
Mãos alisando meu túmulo,
Rosas chiques e chiliques
Choros dos olhos brotando.
E eu hiper endividado,
Com o santo anjo lá do espaço,
Pó e nada que hoje sou,
Já vivi no paraíso correndo todos os riscos,
Pequei e te arrastei comigo,
É hora de se perdoar
E retornar pra JESUS CRISTO.
ARTHUR MARQUES DE LIMA SILVA
DIREITOS RESERVADOS
02/11/2017.