Manifesto da Cura

A cura que cala,

abala e acaba.

A doença que me orienta,

me guia e me afaga.

Trôpegos à dignidade,

danificados por línguas de maldade.

Filhos de Caos,

Apontados como chupadores de pau.

Na cama que se deita,

mortalha suja te representa.

Meu sexo,

sua acusação.

Do afeto?

Inquisição.

Gênero ditado,

Em meu corpo identificado.

Livre,

puro,

saudável,

Completo,

em seu significado.

Engodo midiático,

da bíblia ao celibato.

Indecente,

incoerente,

inquestionável,

o retrocesso desse ato.

Açoita...

Desintegra...

O pedaço que era meu

Hoje é lixo diante dos seus:

Ideais,

crenças,

cultura,

ciência.

Cabe aqui a resistência,

Do viado...

do dito e não escutado.

Da Sapatão...

Marchando em direção.

Daqueles que transitam,

em seu gênero e convicção

Dos imorais e dos Excluídos

Que não pararão

até que sejam ouvidos.

Lucas M Franciscon
Enviado por Lucas M Franciscon em 02/11/2017
Código do texto: T6160244
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