Manifesto da Cura
A cura que cala,
abala e acaba.
A doença que me orienta,
me guia e me afaga.
Trôpegos à dignidade,
danificados por línguas de maldade.
Filhos de Caos,
Apontados como chupadores de pau.
Na cama que se deita,
mortalha suja te representa.
Meu sexo,
sua acusação.
Do afeto?
Inquisição.
Gênero ditado,
Em meu corpo identificado.
Livre,
puro,
saudável,
Completo,
em seu significado.
Engodo midiático,
da bíblia ao celibato.
Indecente,
incoerente,
inquestionável,
o retrocesso desse ato.
Açoita...
Desintegra...
O pedaço que era meu
Hoje é lixo diante dos seus:
Ideais,
crenças,
cultura,
ciência.
Cabe aqui a resistência,
Do viado...
do dito e não escutado.
Da Sapatão...
Marchando em direção.
Daqueles que transitam,
em seu gênero e convicção
Dos imorais e dos Excluídos
Que não pararão
até que sejam ouvidos.