Dinamene nua
Dinamene, musa, canta
sobre o penedo
nua
toda em dar-se ocupada
a cotovia acorda a manhã
Dinamene nua
abertos lírios contra a luz
retesam-se os sinais
nua e crua, musa
Antúrios cercam a fonte
bocas de sedes e sedas
Dinamene nua
línguas de eras priscas
movem-se as ondas
molham Dinamene nua
Espumas sob a lua
Dinamene o poeta espera
nua
por horas tantas
quantas horas
nuas