uma voz
silencio, ela agita como
brasas sonoras, bate palmas,
seu olhos são diademas gulosas,
salta sobre a fogueria, se agita,
relembra o tormento dos anos,
silêncio, o silencio lhe veste
a palavra, da-lhe o corpo que
falta, dança, esperneia, conta
o segredo que estava trancado
atrás do firmamento, escreve
com letras de forma, grande,
saliente a verdade que ninguém
entende, estende os braços aos
que passam, ninguem sabe que
aquela hora alguém pulsa nas
profundezas do mundo, plantemos
flores no tumulo, então seus gritos
terão perfume, esquecidamente perfumados
serão seus anseios.