Luta interna

Passeio à deriva

Em meio a um aglomerado

O desânimo é um escárnio

Assola a minha imaginação

Retrocedo como um ponteiro de relógio

Velhacaria estampada em um mar

Chego a bostejar uma dúzia

Nas quais ecoam em forma de empecilhos

Frustram o choruto ludíbrio

De que não sou capaz

Cochichos de algo que não vem da luz

Me fazem ab-rogar o leão que está à despertar

Na trincheira da amoralidade

Perco-me em um breu de força de vontade

Fico abaixo da cintilância

E vou perdendo a esperança

Inerte...

Olho para o alto

Busco uma solução, clamo!

A valentia emerge

Vou para longe

De tudo que me esmorece

Dou um grito de guerra!

E afugento o medo

Com face de leão

Passo a dar de ombros para o tal

Emancipo, saio da zona de incerteza

Voo para a primazia celestial

Sucumbido não estou mais

Levantei para não mais cair

Mato o verdugo que me desviava do alvo

Levanto a face e sorrio, como quem diz:

Eu venci mais esse dia!

Felippe Lacerda
Enviado por Felippe Lacerda em 29/10/2017
Reeditado em 10/11/2017
Código do texto: T6156871
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