Luta interna
Passeio à deriva
Em meio a um aglomerado
O desânimo é um escárnio
Assola a minha imaginação
Retrocedo como um ponteiro de relógio
Velhacaria estampada em um mar
Chego a bostejar uma dúzia
Nas quais ecoam em forma de empecilhos
Frustram o choruto ludíbrio
De que não sou capaz
Cochichos de algo que não vem da luz
Me fazem ab-rogar o leão que está à despertar
Na trincheira da amoralidade
Perco-me em um breu de força de vontade
Fico abaixo da cintilância
E vou perdendo a esperança
Inerte...
Olho para o alto
Busco uma solução, clamo!
A valentia emerge
Vou para longe
De tudo que me esmorece
Dou um grito de guerra!
E afugento o medo
Com face de leão
Passo a dar de ombros para o tal
Emancipo, saio da zona de incerteza
Voo para a primazia celestial
Sucumbido não estou mais
Levantei para não mais cair
Mato o verdugo que me desviava do alvo
Levanto a face e sorrio, como quem diz:
Eu venci mais esse dia!