DESVÃOS
DESVÃOS
As mãos ali estão
Repletas de articulações
Mas não agarram sonhos
Que fogem entre dedos
Sumindo em ares de distopia
Matando utopias
Joões e Marias
Encalacrados em misérias
Escondidos em artérias
Pobres de sangue
Cinzas sem azuis
Nem nuvens brancas
Nem lenços alvos
Alvos são seus corpos e mentes
Esquecidos em terra
A caminho de céus
Sem brigadeiros
Apenas pó mau cheiroso
De morte vivida
Ainda em vida