A cria do mercador***

"senta-te aqui / na eira larga do meu peito / e descansa o fardo / o mundo nem te sente / se te fizeres ausente / e as minhas mãos

precisam dos teus cabelos / para serem gente / descansa a fala

nos meus lábios..." (relou-MJ)

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Acorde!

Quebre as amarras das ordens sociais;

Remexa os vínculos banais

Das doutrinas que confinam vidas...

Durma!

Esqueça um pouco as más feridas;

Fuja da inércia das luzes escondidas

Nas falácias que procriam víboras...

Viva!

Rabisque a hora que anda perdida!

A gota calma quase esquecida

Ainda é o princípio de um regato de vida...

Sonhe!

Enxugue as mágoas ressentidas;

Toda enxurrada quase comedida

É meio-termo da hora esquecida...

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Se te fizeres ouvido de mercador

Não me venhas choramingar com tua dor...

Kal Angelus
Enviado por Kal Angelus em 20/08/2007
Reeditado em 18/10/2012
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