DESARMONIA

O amor é tudo, é nada,
é uma flor despetalada,
que o vento leva ao relento.
Às vezes é melodia,
outras só cacofonia,
um barulho agourento.

Não mergulho de cabeça,
não insista, vai, esqueça,
medo tenho bem profundo.
Arrisco não, meu irmão,
porque eu ando no mundo
um tanto sem direção.

Desprevenido, esquecido,
sinto que meu tempo é perdido.