ESTRELAS
No céu dos navegantes
Lá estavam a apontar
O caminho de novas Terras
Horizontes desvendar
Sem destaque nem clarões
Reluzentes e pequenas
Unidas em constelações
Companheiras e serenas
Quem enfrentasse o mar
Dos mistérios e sereias
Pedia auxílio a suas luzes
Pudessem lhe encorajar
Nas noites de Lua Cheia
Parecem a ela invejar
Como poderia o poeta
Sem elas versejar?
Que seria das serenatas
Se resolvessem apagar?
Desafinaria o cantor
Não encantaria seu amor
Restaria a escuridão
E seus fantasmas por aí
Madrugadas sem graça
A encher-nos de medo
Reinam por tempo breve
Amanhece muito cedo
Nasce o dia... adormecem
Sol se acende em solidão
Descansam pacientes
A tarde lenta passa
Vem a noite... de mansinho
Recomeçam a piscar