ABORTO

Clareira na mata,

ganância dos coronéis,

natureza esperando

a reação dos cordéis.

que vem da viola

que nunca se cala

sempre empunhada

pelos menestréis.

Grito que alerta,

chamando a atenção,

a fauna e a flora

a pedir compaixão,

o homem que explora

e só enxerga o cifrão,

cofre abarrotado

sem calos na mão.

Silêncio que aborta

nosso respirar

fechando a porta

restringindo o ar,

pintura sem vida,

natureza morta,

e tudo que importa

é multiplicar.

Saulo Campos - Itabira MG

Saulo Campos
Enviado por Saulo Campos em 27/10/2017
Código do texto: T6154494
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