Divagações....

No embalo lento dos pingos da chuva, ouço a nossa canção.

Na solitude que me compraz, sigo em frente com galhardia.

Feridas tão doídas levo dentro do meu peito com contrição,

Elas cortam, e sangram lentamente dia e noite e noite e dia.

Chaga aberta, que vejo sangrar e não quero de ti consolação.

Só a mim cabe a tristeza e o controle da dor pungente que pulsa

Lembrando os desatinos de outrora que causam hoje desilusão.

Beberei cada gota do meu sangue, mas juro que jamais saberá...

Andarei em minha busca por labirintos até que me encontre.

Renascerei em colinas verdejantes até ver um novo horizonte.

Não permitirei que ninguém me roube a luz do meu sorriso.

Arrancarei dos meus olhos os véus,até encontrar o Paraíso...