luz

Piso o piso de areia,

não me encontro no

espelho, a imagem se

quebra no fundo do corpo,

sou tão solidão, tão linda

a solidão clareada, uma golfada á margem

do poço, sou um rei nesse escuro,

sou súdido desse castelo de vento,

acendo o cadelabro, vejo as árterias

das coisas carregando sua fadiga, a fome

de mais vida se espalhando pelos cantos,

não sei dançar ou cantar, a unica coisa

que aprendi, e com esforço, foi escrever versos

que fala de minha queda, não houve a medida

justa [alias, onde encontro a medida justa?]

por isso, aqui estou eu conversando com

as paredes, juntando palavras, janelas literárias

para um mundo de luz

vida,