Na voz do tempo
 
Gosto do tempo
Sinto e entendo que o passado
Quase nada importa
Lembra uma foto rasgada
 
No entrelaçar da chuva que cai
Molhando as flores tímidas
Que transbordam no silêncio em pétalas
No céu esgarçado por nuvens finas
 
Pelo fragmento que escala
Para fugir do tempo quase sujo
Nada do que é humano nos é estranho
Sinto o tempo em lágrimas rentes
 
Na voz da hora úmida e outonal
Entre as sobras da cultura
Que vem entre as partes descuidadas
A natureza que ainda sorri
 
E na esperança aguardo um amor
Para enfeitar a minha saudade
Trançado pelo desejo sem prévia
Que repele na sombra sem tempo
 
Ouço compulsiva um canto
Numa noite em forma de melodia
Tudo resplandece na conjuntura sem pressa
Raspando todo o silêncio do céu
 
E na fadiga das alegrias dormidas
Desperta um olhar sereno
Que acontece num suave sonho
Interligados entre mar céu e tempo

 

Agradeço a interação do Mestre Jacó Filho

O TEMPO POR RESIDÊNCIA

De abstrações complexas,
Nas entranhas da mente
Vem com dobras anexas,
O tempo e ano corrente,
Emanados do ser divino
E a mesma descendência,
Estamos cá, dividindo,
O tempo por residência,
Nós medimos em segundos,
Pra exibir o domínio...
Mas pertencemos o mundo,
Em pleno redemoinho...
Um ano sucede o outro,
E o novo começa velho...
Nós tropeçamos no toco,
E caímos no evangelho...
De posse de nossa cruz,
Fazendo papel de sábios,
Podemos seguir Jesus,
Com um sorriso nos lábios...

(Reedição)Parabéns! E que Deus nos abençoe e nos ilumine... Sempre...
25/10/2017 15:39 - Jacó Filho


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Gernaide Cezar
Enviado por Gernaide Cezar em 24/10/2017
Reeditado em 08/09/2018
Código do texto: T6152051
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