DESATINO

DESATINO

Numa tarde ensolarada,

Saí, assim, sem destino.

Sob a árvore ensombrada,

Sentei-me, num desatino.

Foi quando vi, já surgindo,

Um pequeno passarinho.

E sobre o muro, subindo,

Um serelepe gatinho.

Percebi que, na "caçada",

Morreria o menorzinho.

Improvisei batucada,

Para assustar o gatinho.

Minha tática, errada.

Quem voou pro seu destino,

N’árvore, sua morada,

Foi a ave, em desatino!...

Maria do Céo Corrêa
Enviado por Maria do Céo Corrêa em 23/10/2017
Código do texto: T6150297
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