Do Rosto Gasto
Escorre no tempero da lágrima, no acridoce,
Azedo choro da vida inteira, rasgado na pele,
Doce adorno do olhar que antes cego o fosse,
Morre enfermo em ares cinzas do quase vivo.
Ah, choro que não chorei, desejo que desejei,
Pautas amareladas, guardadas junto às traças,
Emblemas de bandeiras rasgadas que acenei,
Vá, rio do rosto gasto em cachoeiras de rugas.
E como se guardar a história que não coube,
Roubar as mentiras das prateleiras mais altas,
Inacessíveis, empoeiradas do que não houve,
Cá, desvio meus olhos e fecho a minha boca.
Escorre no tempero da lágrima, no acridoce,
Azedo choro da vida inteira, rasgado na pele,
Doce adorno do olhar que antes cego o fosse,
Morre enfermo em ares cinzas do quase vivo.
Ah, choro que não chorei, desejo que desejei,
Pautas amareladas, guardadas junto às traças,
Emblemas de bandeiras rasgadas que acenei,
Vá, rio do rosto gasto em cachoeiras de rugas.
E como se guardar a história que não coube,
Roubar as mentiras das prateleiras mais altas,
Inacessíveis, empoeiradas do que não houve,
Cá, desvio meus olhos e fecho a minha boca.