O CÉU DA BOCA

Na minha ingênua imaginação,

Você está sempre lá no seu cantinho predileto,

Bem quietinha, pés descalços,

Sentindo o chão,

Uma leve brisa esvoaça seus negros cabelos de alazão,

Parece fitar um horizonte perdido,

Não vê o mundo passar e nem se importar.

O que o amanhã lhe reservará?...

Apenas sou eu em teus puros pensamentos,

E o nosso mundo tão pequeno, só nós dois,

Se resume apenas em um céu minúsculo,

Quando nossas bocas salivadas se tocam,

Alcançam hipnotizados o céu,

Pelos pecaminosos desejos ocultos,

Que nos afogam em mares nunca antes navegados,

E assim inebriados de amor,

Nossas sedentas bocas em êxtase compartilham,

O pequeno e aconchegante céu de nossas bocas.

Ricardo Nunes de Sales
Enviado por Ricardo Nunes de Sales em 21/10/2017
Código do texto: T6148844
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