NESTE CHÃO

NESTE CHÃO

Neste chão que se exangue

Por rios de sangue

Estimulado

Por crápulas e dráculas

As máculas

São ancestrais

De tempos de capitanias

Agora capitais

Aprimoraram-se as vilanias

E os (ar)roubos (ir)racionais

Os tais que dão as cartas

Em mesas fartas

Distribuem migalhas

Para a gentalha

Que a tudo aceita

Pois a educação estreita

Lhes nodoa a razão

E estendem a mão

Agradecida pelas esmolas

Que a falta de escola

Os faz presa fácil

Permitindo aos moradores dos palácios

Faze-los entes servis

Com vidas escravas

Servindo a vis

Que sua cidadania escava

Foi, é e continuará sendo

Esse, o panorama horrendo

Até que surja um horizonte

Mesmo que distante

Que apague o ontem

E “levante” o gigante

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 21/10/2017
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