NESTE CHÃO
NESTE CHÃO
Neste chão que se exangue
Por rios de sangue
Estimulado
Por crápulas e dráculas
As máculas
São ancestrais
De tempos de capitanias
Agora capitais
Aprimoraram-se as vilanias
E os (ar)roubos (ir)racionais
Os tais que dão as cartas
Em mesas fartas
Distribuem migalhas
Para a gentalha
Que a tudo aceita
Pois a educação estreita
Lhes nodoa a razão
E estendem a mão
Agradecida pelas esmolas
Que a falta de escola
Os faz presa fácil
Permitindo aos moradores dos palácios
Faze-los entes servis
Com vidas escravas
Servindo a vis
Que sua cidadania escava
Foi, é e continuará sendo
Esse, o panorama horrendo
Até que surja um horizonte
Mesmo que distante
Que apague o ontem
E “levante” o gigante