Só chove.
O som da fina chuva,
cuidadosamente me tira daqui;
sua fria melodia
me leva pra longe,
enfim.
O vento me abraça,
me acaricia;
gentilmente se oferece,
pra ser minha doce companhia.
O balanço das folhas,
sorri pra mim;
me acertam com suas gotas
só pra atiçarem o meu sentir.
E a beleza dessa garoa
me escapa de repente,
as luzes dos prédios me tonteiam;
penetram e confundem
minha mente.
Logo ali a fina chuva
continua; e
aqui dentro,
dilúvio.