TIMIDEZ
nessa noite
que invento
tanto em meu fora
quanto em meu dentro
o silêncio de um
grilo
me
en
g
o
l
e
gole
por gole...
..impondo
grito
no que sinto...
depois do vendaval
e da intensidade
da chuva...
...caiu a noite...
noite...
...contra sua vontade
de ser escura
toda a vaidade
do brilho falso
um tanto fácil
das luzes da
cidade
noite noite...
ela até agora
nessa
mad
r
u
g
a
d
a
adentro
e afora
dura...
mostrando
sua face
dura...
deixa um
intermitente
vento
balançar uma
placa
com
um
insistente
renc renc renc
que anuncia
que em algum
lugar
acon
t
e
c
e
aluguma enc
renc
a...
na rua passa um carro
na arritimia
de um vruuuum...
sem propósito nenhum
...outro passa
passa
p
a
s
sa
e sua
passagem
não vira
assunto
só seu sem
ou só seu som
daqui fica junto
rencrencrencs vruuuuuuuuuns
que não disfarçam
um farfalhar
de folhas
das árvores
na ilha da avenida...
...muita partida
pouca ida
de....
gente
de cidade
um frio que deve tributo
à chuva que matou a tarde...
...que então arde com o vento
que atravessa árvores
casas coisas
até cheg
ar
nos
ossos
das palavras...
algo embaça
o ar
que
torna denso
um mundo de nuvens
que insiste mostrar
o lado
obs
c
u
r
o
da face
clara da lua
que morre
de tanta
vontade
de ser
c
h
e
i
a
de luz
sem onde se
esc
o
n
der
em mim
nada acontece
mesmo sabendo
que por toda
banda
tem
muito
de mim
acon
t
e
c
end
o
mas
aqui dentro
nesse meu
endoodne
uma bruta
vontade de
ar
ar
d
e
em
meu
ser de ser sozinho
e que também
sabe que o medo
é vizinho....
de tanto tanto
tanto ser ser ser
sem ninguém...
por perto
nem mesmo
...para dizer
"boa noite!"
quando
me
f
e
r
e
frio
açoite
sem rota
b
r
o
t
a
rota
uma baita
certeza
:
nessa noite
de bem mmmm
o
l
h
a
d
a
lua obscura
se espalhou meu espí_rito
por contágio...
...
...contaminando
esse estado de ser
noturno...
...um
modo de ser
que por exo e endo anda
com desejo incontido
de ser muito muuuuito
até além do tanto
em ser que pode
por querer
ter ser
de
in
compre
e
n
d
i
d
o
[ninguém
compreende alguém
se alguém está sozinho
sem ninguém]
.
.
.
só
sem solução...
...sozinho sai
da semente
somente
soluço
de tanto
de não
poder
dizer
eu mesmo
me enredo...
criando em mim
todo um em redor
que me rói e rodeia
de tanto silêncio
e rolo
sem
f
i
o
feito
de coisas
sem palavras
nem pessoas
agora
vou
em estado
de voo
ando
entr_ar
em estado
de dor
m
i
r
e então
me
ali
m
e
n
t
ar
para me au
m
e
n
t
ar
até
que eu me otime(em)dez
até até até até até tanto até
me
i
n
c
o
m
p
r
e
en....dar
em meu ar
nele
emmimem
endar