INERTE

INERTE

A mão inerte

Segura a caneta

Que não escreve

Atormenta

A falta de palavras

Que façam sentido

Despertar

Por (h)ora mortos estão

A nada respondem

Insensíveis estão

Inodoros incolores

Sem aroma

Surdos-mudos

Não há poesia

Não há vida

Perdida pelo caminho

Ou guardada em escaninho

Morta quem sabe

Pela realidade

Que se impõe

Implacável

Qual o pó que me aguarda

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 16/10/2017
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