Meus Plágios 


Pouco do que escrevo é próprio,
Talvez seja autor o vento da vida,
Que plagio pelo devaneio do ópio,
Talvez seja o dia, na vinda ou ida.


No rosa da flor mais charmosa,
Já estava minha poesia pesada,
No doce da amora mais gostosa,
No ensaio da semana passada.

Muitos assinam meus rascunhos,
Meus coautores desmazelados,
Os estilhaços dos meus punhos,
Os meus olhos tristes marejados.

 
Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 15/10/2017
Código do texto: T6143006
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