Do verbo querer

Quero os meus livros,
Quero as minhas chagas,
Quero os meus vivos,

Quero as minhas pragas.


Quero o que é meu e não veio,
Quero a pastilha falsa do delírio,
Quero ser extremo e não meio,
Quero os espinhos do martírio. 

Quero a minha doçura,
Quero o meu suplício,
Quero a minha loucura,
Quero o meu artifício.
 
Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 13/10/2017
Código do texto: T6141433
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