No tempo dos loucos
No tempo em que os loucos,
Eram homens como poucos,
Eram espinhos de caules nus,
Eram infecções, doentes crus.
Neste tempo finquei meu tato,
Descrevi ao final de cada ato,
Desmenti a impávida aversão,
Destemi a minha compreensão.
No tempo em que os acabados,
Eram apenas obscenos tarados,
Eram locutores da praça vazia,
Eram restos do que não servia.
Neste tempo neguei o almoço,
Desvivi no rosto sujo do moço,
Destorci na reta do chão torto,
Devolvi vida ao peito já morto.
No tempo em que os loucos,
Eram homens como poucos,
Eram espinhos de caules nus,
Eram infecções, doentes crus.
Neste tempo finquei meu tato,
Descrevi ao final de cada ato,
Desmenti a impávida aversão,
Destemi a minha compreensão.
No tempo em que os acabados,
Eram apenas obscenos tarados,
Eram locutores da praça vazia,
Eram restos do que não servia.
Neste tempo neguei o almoço,
Desvivi no rosto sujo do moço,
Destorci na reta do chão torto,
Devolvi vida ao peito já morto.