Poesia Introvertida
 
 
O externo faz poesia viva no indevassável,
Faz do interno a ebulição da porta aberta,
Liberta grilhões de ferrugem inconfessável,
Colhe rosas do concreto, fragrância incerta.
 
Extrovertido o meu falso mundo ao avesso,
Introvertido senso cultivado, sexto sentido,
Fabrica na seiva da alegria o que entristeço,
Consolida em fragmentos o nulo que divido.
 
Despertado o verso parasita de alguma rima,
Ficou minha inspiração asfixiada nas artérias,
No sabre inerte, fissurado em plena esgrima,
As palavras fúteis misturadas às coisas sérias.
 
Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 13/10/2017
Código do texto: T6141419
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