ENTREVERO
O ônibus... Não veio!
Será que estava cheio?
Eu, fiquei, como se fosse...
Bola do canto, bola do meio,
pura sensação de escanteio!
Um entrevero só,
e eu, aqui no meu canto,
ouvindo canto...
Em ares de sapateio,
logo eu...
Eu que qualquer coisa fico cheio...
para mim, isso é desencanto!
Sabe... Como se fosse quebranto,
ou mesmo, praga d'algum santo...
Agora, tudo me parece branco...
Assim, como se eu, estivesse tonto!
Tonto, capengando em um ponto...
Que tanto aponto.
Antonio Montes