" Mulher do mostro"
" Aquela Mulher comportada, Linda, meiga, forte e gentil(...)
Daqueles Lábios doces favos de mel, que foram consumidos pelo Mostro Homem sem moderação,
No lugar de sangue espalhava-se o saboroso liquido de cana de açúcar que hoje fermentou, pelos vasos sanguíneos infetados com flores de forte aroma saindo do coração,
Um sapato alto que cruzava as ruas esburacadas e transformava-as em passarelas, levava consigo uma bolsinha azul do céu e trajava um vestido branco de neve, que esculpia um formoso corpo de violão,
Olhos acastanhados que transbordam a junção do Índico e o Atlântico de lagrimas no desabafo de um Amor não correspondido, dores e sofrimentos de uma historia de guerra fria sobre as estações de sentimentos como paixão, inverno e verão,
Narrativas e memórias de uma vida que carrega consigo magoas e rancores,
de um grande homem mau e machista que só dava bofetadas nela no lugar de flores,
A violentava-a sempre que lhe desse vontade e prazer,
Gritava, lhe chamando nomes pejorativos, porque lhe espancava nem ele sabia dizer,
Estrago-lhe o rosto com muros ela ja nem te aqueles lindos brancos dentes de leite, têm marcas e cicatrizes pelo corpo, Uma Mulher que por amar é destinada a sofrer, e a cuidar de um Mostro, permanece ate hoje ao lado deste Selvagem homem com a esperança de Domestica-lo.
Ela só não sabe, se ela morre antes, de tanta violencia, antes de transformar-lo em um simples humano .
Texto: Mulher do Mostro.
Coletânea: Ilusórios.
Autor: Nádio Taimo.